domingo, 4 de julho de 2010

Dinheiro x felicidade

Dinheiro x felicidade: 91% da classe A brasileira se considera feliz
Por: Flávia Furlan Nunes
09/01/08 - 16h47

SÃO PAULO - Quanto mais dinheiro, maior a felicidade? De acordo com pesquisa
realizada pelo professor de marketing e diretor do Instituto de Pesquisa IP2
Outsourcing, Marcelo Peruzzo, a resposta da elite brasileira é positiva: 91%
das 526 pessoas da classe A entrevistadas responderam que são felizes.

Segundo o professor, a vontade de acumular dinheiro, desde que seja de forma
ética, não deve ser vista como algo negativo. "O dinheiro é a recompensa de
quando você é qualificado e da habilidade de mostrar essa qualificação aos
outros", afirmou.

O estudo foi realizado, em todo o Brasil, com pessoas da classe A1 e A2 -
famílias com renda acima de R$ 6.563,73, que correspondem a 6% da população
brasileira. Dos entrevistados, 66% eram homens e 34%, mulheres. As consultas
foram feitas entre os dias 1º e 30 de novembro.

Características
Quanto ao grau de formação acadêmica, 64% das pessoas da elite brasileira
possuem especialização, sendo que 24% fizeram uma faculdade, 7% têm mestrado
e 1%, doutorado. Apenas 7% da elite estão atualmente desempregados.

De acordo com Peruzzo, os dados mostram que quanto mais operacional é o
trabalho, mais reduzidas são as chances de riqueza, principalmente no
Brasil. A elite ocupa uma função estratégica.

Outra característica da elite é pensar no próximo: 90% dos integrantes
disseram que praticam ou já praticaram ações de responsabilidade social. Com
relação à fé, 95% acreditam em uma força superior.

Dinheiro traz felicidade?
Outras pesquisas, de âmbito internacional, trataram do tema. Estudo da Pew
Global Attitudes, por exemplo, mostrou que viver em países ricos, geralmente
significa ser relativamente feliz. Dois em três americanos (65%), por
exemplo, dizem estar felizes com a vida. No Canadá, 71% têm opinião
parecida. Por outro lado, a título de comparação, apenas 16% dos quenianos
afirmam ser felizes.

Pesquisa realizada pelo Instituto de Educação, da Universidade de Londres,
concluiu que o grau de felicidade de uma pessoa pode estar mais ligado a sua
vida social do que aos seus rendimentos mensais. Os dados apontam que
pessoas com salário em torno de R$ 3.300 por mês, mas que vêem seus amigos
quase todos os dias, são tão felizes quanto as que ganham mais de R$ 30 mil
e nunca, ou quase nunca, encontram seus amigos.

De acordo com o professor David Schkade, da Universidade da Califórnia,
avaliar se dinheiro e felicidade andam juntos depende da importância que as
pessoas dão ao fato. Para aquele que tem a vida tranqüila, mais dinheiro ou
menos dinheiro não fará tanta diferença quanto para aqueles que têm
dificuldades. Onde está, então, a fórmula da felicidade? Especialistas
listam quatro dicas importantes:

* controle seus desejos;
* preserve seu tempo livre;

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