Sabe aquela pessoa que dá a impressão de fazer tudo errado?
Ela é folgada, preguiçosa, rude, bate na mulher, fala mal dos filhos, pisa no rabo do cachorro, falta no trabalho, só vê o lado ruim das coisas, enfim, aquele irmão que a maioria faz questão de se afastar. Bom, um belo dia você chega no terreiro, recebe seu guia, sente aquela energia maravilhosa e, quando menos espera, seu primeiro consulente é aquele irmão de quem você prefere ficar afastado.
Se você for inconsciente não há problema algum, agora se for consciente, ou semi-inconsciente, vai sentir aquele “putz, justo esse cara?”. Sim meus queridos, apesar de estarmos ali, na força do guia, totalmente voltados pra caridade, ainda somos humanos e, muitas vezes, julgamos sem perceber.
Bom, daí o filho chega e o guia dá aquele abraço apertado e gostoso no filho. Nisso você sente que o filho está fedido e cheirando a bebida e lá vai você julgando de novo.
O passe corre tranqüilo. O guia, na sua infinita sabedoria, ama aquele filho. Não importa se ele já roubou, já matou, trata mal todo mundo, chuta o cachorro e etc. Aquele filho, que pra você é o exemplo do que não fazer e, ao invés de tentar aprender com os erros do seu irmão, você simplesmente se afasta dele, é o filho mais lindo pro seu guia. Sim! Sabe por quê? Porque enquanto ele estiver ali, na frente do guia, procurando ajuda, é porque lá no fundo existe amor. Um amor escondido, que leva esse filho até o seu guia a pedir ajuda sem nem ele mesmo saber o que está fazendo ali.
Os guias não enxergam aquilo que somos por fora, eles enxergam aquilo que está dentro de nós. E apesar de muitas vezes acharmos que esse ou aquele irmão já se perdeu, os guias nunca desistem de nós. Porque eles são a face de Deus mais próxima de nós. E Deus nunca abandona.
Então, da próxima vez que você achar que pode julgar alguém que pede ajuda, lembre-se de que cada um está num estágio de evolução. Cada um de nós, inclusive você, precisa aprender a evoluir a cada dia. E Deus nos concede essa evolução, esse aprendizado, através de caminhos que nos parecem tortos porque não são os caminhos convencionais, mas sim caminhos de extrema provação e dificuldade. E vocês podem ter absoluta certeza de que o guia desse filho está sempre com ele. Mesmo quando o guia não pode mover uma palha em prol do filho, porque a caridade só pode ser feita quando a pessoa se deixa ser ajudado, o guia está ali, pra chorar conosco, do nosso lado, dando seu ombro amigo, seu abraço de luz, pra nos consolar.
E de repente, quando menos esperamos, a vida começa a ficar colorida, as coisas começam a dar certo, as provações começam a ser mais brandas. Aquele irmão “torto” começa a ter benefícios na vida, apesar de toda a grosseria, de todos os erros. E você pode pensar “puxa, eu aqui, fazendo a caridade e ele, que só trata todo mundo mal, consegue um emprego melhor, mais dinheiro, mais tranqüilidade”. É meus amigos, aquele irmão tão “torto”, através do amor do guia que você incorpora, vai se deixando levar, sem perceber, para a luz. E a melhoria na vida dele é só um estímulo pra que ele consiga cumprir suas provações até o fim e não desista de tentar se melhorar.
Os guias, apesar de todas as máscaras que usamos no dia a dia, nos enxergam como somos. Não adianta se disfarçar de bonzinho, caridoso, gentil, se lá no fundo você criticar e julgar a todos. Assim como também há muitos que se usam de máscaras de “malvados” pra ocultar o amor que existe em seus corações, mas que os guias, na sua infinita bondade, sabem procurar e achar lá no fundo e trabalhar esse filho que se perdeu através desse amor.
Pensem nisso!
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