sábado, 31 de julho de 2010

CONSELHOS OPORTUNOS




COLETÂNEA DE INFORMAÇÕES




Para exercer a mediunidade é importante que você assegure-se de alguns instrumentos, sendo eles: intelectuais, espirituais e materiais.
Os instrumentos intelectuais resumem-se em um só: o estudo.
O estudo deve ser uma constante na vida do médium, pois desenvolve o discernimento, isto é, a capacidade de julgar.

Os instrumentos morais consubstanciam-se na conduta do médium; uma conduta moralizada protege-o contra os Espíritos ignorantes e maldosos que por ventura procurem embaraça-lo no desempenho de sua mediunidade, fá-lo contar com o auxílio dos bons espíritos, onde quer que esteja o médium deve ser um exemplo de moralidade, porém sem afetação, é interessante que procure livrar-se dos vícios, por menores que sejam.

O instrumento espiritual de que o médium deve munir-se é a fé. Não a fé cega, fanática, mas a racionada, a fé que não duvida, pois o estudo esclarece as dúvidas.
Tenha fé em Deus, em si mesmo e nas Entidades espirituais que o acompanham.
“A fé robusta nos confere a perseverança, a energia, e os recursos necessários para a vitória sobre os obstáculos, tanto nas pequenas, quanto nas grandes coisas”. (Kardec – O Evangelho segundo o espiritismo);

Os instrumentos materiais consistem no esforço do médium para ganhar o sustento seu e de sua família através do trabalho honesto, segundo sua profissão. Não use a mediunidade como meio para lucrar, explorando a boa fé das pessoas.

Para que sejamos bem sucedidos em nossa missão como médiuns é imperioso que cultivemos as seguintes virtudes: a paciência, a perseverança, a boa vontade, a humildade e a sinceridade.

Exercícios para desenvolver a mediunidade

É importante que estes exercícios sejam sempre supervisionados por alguém experiente, o médium em desenvolvimento não deve praticar estes exercícios sozinho.
Primeiro devemos aprender a concentração. Concentrar-se significa pensar em uma só coisa; habituemos-nos a fixar o pensamento e não deixá-lo vagar. Quando nós estivermos praticando o desenvolvimento de nossa mediunidade, esqueçamos completamente o que nos sucedeu anteriormente; libertemo-nos das preocupações; fixemos o pensamento unicamente em Deus e por meio de uma prece fervorosa peçamo-lhe que permita que os Orixás e Guias da casa se interessem por nós e nos ajude em nosso desenvolvimento.

Como desenvolver a Mediunidade de incorporação:

O médium coloca-se diante do altar, eleva seu pensamento à Deus, exclui da mente toda e qualquer pensamento e concentra-se em um elemento da natureza, seja uma cachoeira, o mar, floresta, jardim florido, um arco-íris, um sol brilhante, etc. relaxe o corpo e se deixa levar pelas sensações daquele momento, procurando não interferir no desenvolvimento.

Como desenvolver a Mediunidade falante:

Feita a concentração, o médium deve dedicar uns cinco minutos para a prática do exercício. O dirigente fará três ou quatro pedidos neste tempo, notando que o médium está sendo influenciado, procurará travar conversação com ele. A principal dificuldade a vencer consiste em fazer com que o médium não segure a comunicação. Quase todos os médiuns em desenvolvimento não deixar o Guia falar, apesar de atuados, logo que o médium deixar que o Guia fale livremente, o desenvolvimento se operará com facilidade. Quando o Guia começa a atuar, o médium sente a sensação de um leve choque elétrico, que lhe percorre o corpo e o faz estremecer; a respiração se acelera e o coração pulsa mais rápido; parece que alguma coisa lhe envolve a cabeça, uma porção de pensamentos lhe aflui ao cérebro e é tomado de um grande desejo de repetir em voz alta esses pensamentos. No começo o médium julga que esses pensamentos são seus e por isso reprime a manifestação do Guia; não deve reprimi-la; deve falar, repetir o que o espírito está ditando. Terminada a manifestação o Guia se retira e o médium volta ao normal. As primeiras comunicações, são palavras soltas e frases quase sem sentido; com o progredir do desenvolvimento, a comunicação se tornará concatenada até se transformar em preleções e conversações com os presentes.

Como desenvolver a Mediunidade escrevente:

O médium em desenvolvimento senta-se à mesa; toma um lápis e papel e coloca-se na posição de quem vai escrever, deixará mão relaxada ou bem mole, concentra-se. Quando o espírito começar a atuar, o médium sentirá que sua mão é puxada ora para um lado, ora para o outro; procure relaxar, não forçar nem retesar os músculos, o que dificulta e quase impede a ação do espírito; não prestar atenção ao que o espírito escreve, conservar-se bem concentrado. Nas primeiras sessões é muito natural que nada consiga; com o continuar dos exercícios, irá riscando o papel, traçando letras, em seguida palavras, depois frases e por fim, mensagens completas.

Como desenvolver a Mediunidade audiente:

Esta mediunidade para ser exercida com êxito precisa de muita sinceridade da parte do médium, porque só ele ouve o que o Guia quer transmitir. O médium concentra-se. E procura ouvir as palavras que o Guia está ditando, com o decorrer dos exercícios o médium irá ouvindo os espíritos; distinguirá a voz de cada um e reconhecerá a muitos; poderá conversar com eles, dirigindo-lhes perguntas através do pensamento às quais eles responderão.

Como desenvolver a Mediunidade vidente:

Para desenvolver esta mediunidade, procede-se da seguinte maneira: concentrados, procuramos ver, ora com os olhos abertos, ora com eles fechados. Depois de continuados exercícios, principiaremos a perceber qualquer coisa, como que uma névoa rala e luminosa; essa névoa, aos poucos irá adquirindo forma até que distinguimos os traços dos Guias presentes.
A visão mental se apresenta ao médium como se ele estivesse revendo alguém em pensamento. A princípio são apenas imagens vagas que se tornarão nítidas à medida que o desenvolvimento progride.

Como desenvolver a Mediunidade intuitiva:

O médium mune-se de lápis e papel e concentra-se. Em seguida anotará todos os pensamentos que lhe aflorarem ao cérebro. Os primeiros pensamentos que consegue receber dos Guias são confusos, frases sem nexo, palavras soltas. É comum o médium julgar que tais pensamentos são seus; não importa, deve escrevê-los e depois analisá-los. Com o progredir do desenvolvimento, os pensamentos afluirão cada vez mais claros e precisos e, com a prática o médium facilmente distinguirá o que é seu e o que é da Entidade.
Como desenvolver a Mediunidade inspirada:

O desenvolvimento da mediunidade inspirada difere radicalmente do das outras mediunidades. Na mediunidade de incorporação, o corpo inteiro, na falante, os espíritos se servem dos órgãos vocais do médium, na escrevente, da mão, na audiente, dos ouvidos, na vidente, dos olhos, na intuitiva, do cérebro; na mediunidade inspirada, os espíritos se utilizam da inteligência e do saber do médium. Os espíritos inspiram aos médiuns somente o que está ao alcance da sua compreensão; deduzimos, por conseguinte, que quanto mais cultivada estiver a inteligência do médium, tanto mais inspirado será. Para cultivar a inteligência e aparelhar-se para ser um bom médium inspirado é preciso ler muito; estudar profundamente, principalmente o evangelho. Estudando, pregando e ensinando, o médium facilmente será inspirado pelas Entidades que lutam pelo progresso espiritual da humanidade.
É comum o sono apoderar-se de nós durante os momentos em que estamos concentrados orando. Evitaremos este inconveniente, se tivermos cuidado com a alimentação. Nos dias marcados para o estudo e desenvolvimento, nos alimentaremos pouco, isto é, uma refeição leve, de maneira a não nos deixar o estômago cheio. A digestão de uma sopa, por exemplo, não provocará a sonolência que acompanha a ingestão de alimentos sólidos e pesados.

Livro consultado: A Mediunidade sem lágrimas – Eliseu Rigonatti

Mediunidade
Autoria de: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
(Livro: MECANISMOS DA MEDIUNIDADE)
Acena-nos a antiguidade terrestre com brilhantes manifestações mediúnicas, a repontarem da História.
Discípulos de Sócrates referem-se, com admiração e respeito, ao amigo invisível que o acompanhava constantemente.
Reporta-se Plutarco ao encontro de Bruto, certa noite, com um dos seus perseguidores desencarnados, a visitá-lo, em pleno campo.
Em Roma, no templo de Minerva, Pausânias, ali condenado a morrer de fome, passou a viver, em Espírito, monodeizado na revolta em que se alucinava, aparecendo e desaparecendo aos olhos de circunstantes assombrados, durante largo tempo.
Sabe-se que Nero, nos últimos dias de seu reinado, viu-se fora do corpo carnal, junto de Agripina e de Otávia, sua genitora e sua esposa, ambas assassinadas por sua ordem, a lhe pressagiarem a queda no abismo.
Os Espíritos vingativos em torno de Calígula eram tantos que, depois de lhe enterrarem os restos nos jardins de Lâmia, eram ali vistos, freqüentemente, até que se lhe exumaram os despojos para a incineração.
Toda via onde a mediunidade atinge culminâncias é justamente no Cristianismo nascituro.
Toda a passagem do Mestre inesquecível, entre os homens é um cântico de luz e amor, externando-lhe a condição de medianeiro da Sabedoria Divina.
E, continuando-lhe o ministério, os apóstolos que se mantiveram leais converteram-se em médiuns notáveis, no dia de Pentecostes (2), quando, associadas as suas forças, por se acharem “todos reunidos”, os emissários espirituais do Senhor, através deles, produziram fenômenos físicos em grande cópia, como sinais luminosos e vozes diretas, inclusive fatos de psicofonia e xenoglossia, em que os ensinamentos do Evangelho foram ditados em várias línguas, simultaneamente, para os israelitas de procedências diversas.
Desde então, os eventos mediúnicos para eles se tornaram habituais.
Espíritos materializados libertavam-nos da prisão injusta. (3)
O magnetismo curativo era vastamente praticado pelo olhar (4) e pela imposição das mãos. (5)
Espíritos sofredores eram retirados de pobres obsessos, aos quais vampirizavam. 6)
Um homem objetivo e teimoso, quanto Saulo de Tarso, desenvolve a clarividência, de um momento para o outro, vê o próprio Cristo, ás portas de Damasco, e lhe recolhe as instruções (7). E porque Saulo, embora corajoso, experimente enorme abalo moral, Jesus, condoído, procura Ananias, médium clarividente na aludida cidade, e pede-lhe
Socorro para o companheiro que encetava a tarefa. (8)
Não somente na casa dos apóstolos em Jerusalém mensageiros espirituais prestam continua assistência aos semeadores do Evangelho; igualmente no lar dos cristãos, em Antioquia, a mediunidade opera serviços valiosos e incessantes. Dentre os médiuns aí reunidos, um deles, de nome Agabo (9), incorpora um espírito benfeitor que realiza importante premonição. E nessa mesma igreja, vários instrumentos medianímicos aglutinados favorecem a produção da voz direta, consignando expressiva incumbência a Paulo e Barnabé. (10)
Em Tróade, o apóstolo da gentilidade recebe a visita de um varão, em espírito, a pedir-lhe concurso fraterno. (11)
E, tanto quanto acontece hoje, os médiuns de ontem, apesar de guardarem consigo a Benção Divina, experimentavam injustiça e perseguição. Quase por toda à parte, padeciam inquéritos e sarcasmos, vilipêndios e tentações.
Logo no início das atividades mediúnicas que lhes dizem respeito, vêem-se Pedro e João segregados no cárcere. Estevão é lapidado. Tiago, o filho de Zebedeu, é morto a golpes de espada. Paulo de Tarso é preso e açoitado várias vezes.
A mediunidade, que prossegue fulgindo entre os mártires cristãos, sacrificados nas festas circenses, não se eclipsa, ainda mesmo quando o ensinamento de Jesus passa a sofrer estagnação por impositivos de ordem política. Apenas há alguns séculos, vimos Francisco de Assis exalçando-a em luminosos acontecimentos; Lutero transitando entre visões; Teresa D’Ávila em admiráveis desdobramentos;
José de Copertino levitando ante a espantada observação do papa Urbano VIII, e Swedenberg recolhendo, afastado do corpo físico, anotações de vários planos espirituais que ele próprio filtra para o conhecimento humano, segundo as concepções de sua época.
Compreendemos, assim, a validade permanente do esforço de André Luiz, que se servindo de estudos e conclusões de conceituados cientistas terrenos, tenta, também aqui (12), colaborar na elucidação dos problemas da mediunidade, cada vez mais inquietantes na vida conturbada do mundo moderno.
Sem recomendar, de modo algum, a prática do hipnotismo em nossos templos espíritas, a prática do hipnotismo em nossos templos espíritas, a ele recorre, de escantilhão, para fazer mais amplamente compreendidos os múltiplos fenômenos da conjugação de ondas mentais, além de com isso demonstrar que a força magnética é simples agente, sem ser a causa das ocorrências medianímicas, nascidas, invariavelmente, de espírito para espírito.
Em nosso campo de ação, temos livros que consolam e restauram, medicam e alimentam, tanto quanto aqueles que propõem e concluem, argumentam e esclarecem.
Nesse critério, surpreendemos aqui um livro que estuda.
Meditemos, pois, sobre suas páginas. Emmanuel
Uberaba, 6 de agosto de 1959.
(2) Atos, 2:1 -13.
(3) Atos, 5:18 -20.
(4) Atos, 3:4 -6.
(5) Atos, 9:17.
(6) Atos, 8:7.
(7) Atos, 9:3 – 7.
(8) Atos, 9:10-11.
(9) Atos, 11:28.
(10) Atos, 13:1-4.
(11) Atos, 16:9-10.
(12) Sobre o tema desta obra, André Luiz é o autor de outro livro, intitulado “Nos Domínios da Mediunidade”. – (Nota da Editora)


Mediunidade, um Resumo
Bismael B. Moraes
No Universo, tudo é energia em suas mais infinitas formas. Obviamente, a Terra é apenas como que um grão de areia nos inúmeros sistemas universais e, dentro dela, em graus evolutivos diversos e em aprendizado constante, os seres humanos ainda se debatem ante as Leis da Natureza. Muitos sequer descobriram a existência dos dois planos - o físico e o espiritual - dos quais todos participamos, independentemente da nossa vontade ou condição racial, política, social, econômica ou intelectual, pois o homem não cria nem revoga lei natural ou Lei de Deus.
A mediunidade, que envolve complexas e sutis formas energéticas, é uma faculdade que está latente em todos os indivíduos, podendo apresentar-se ou manifestar-se por vários modos, dependendo do estádio moral de cada médium (que é o intermediário entre o plano físico e plano espiritual, ou seja, serve de mediador entre encarnados - pessoas - e desencarnados - Espíritos , podendo também ser aquele que recebe influência, inspiração, conselho ou ensinamento de entidades espirituais, até, às vezes, sem o perceber). Allan Kardec sintetiza os médiuns em duas categorias: aqueles de efeitos físicos (a quem os Espíritos se manifestam por intermédio de movimentos, incorporações, ruídos, sons, transporte de objetos, etc.) e aqueles de efeitos intelectuais (a quem os Espíritos se apresentam por meio de comunicações inteligentes - por idéias, escritos, desenhos, sinais, palavras etc.).
Como a vida física é efêmera (pois cada ser humano só vive pelo tempo necessário de prova que pediu ou de expiação que lhe foi determinada - de poucos minutos a muitos anos de existência terrena -, na lenta caminhada de aprendizado e progresso) e como a vida espiritual é eterna, e descobrindo-se, pelo estudo e pela pesquisa, que o espírito se comunica pelo pensamento, o raciocínio nos mostra, claramente, que somos espíritos encarnados, porque estamos sempre pensando: nosso corpo frágil, auxiliado pelos cinco sentidos - visão, tato, audição, olfato e paladar - é peça material que requer consciência e razão. Por isso, as diferenças entre os seres da mesma família: uns já viveram muito, antes, e aprenderam; outros viveram poucas existências e ainda não aprenderam.
Todos temos algum tipo de mediunidade; é dom concedido por Deus. Porém, só alguns possuem as chamadas mediunidades de tarefa: audiência (de ouvir vozes de Espíritos); vidência (de ver Espíritos); psicografia (de escrever o que ditam os Espíritos); psicopictografia (de pintar sob ação dos Espíritos); falante (de transmitir pelos órgãos vocais a palavra do Espírito); xenoglossia (de falar e escrever línguas estrangeiras que não conhece), incorporação (emprestar o corpo para que Guias, Orixás e outros espíritos se manifestem) além de outros tipos de mediunidade. Há pesquisadores e estudiosos do Espiritismo que classificam acima de cinqüenta os tipos de mediunidade. Existem ainda os casos de médiuns especiais, dotados de aptidões particulares, como os enumera Allan Kardec, no capítulo XVI, em "O Livro dos Médiuns", obra indispensável a quem se predisponha ao estudo sério sobre os tipos de mediunidade.
O médium, para desincumbir-se das tarefas que lhe são confiadas pelo plano espiritual, deve ser diligente, aplicado, sincero, disciplinado e bondoso, evitando o orgulho e a vaidade. Jamais deverá colocar-se na condição de superior perante os demais irmãos, sejam estes seguidores ou não da nossa religião, sabendo que é apenas um tarefeiro e que tem como diretrizes os ensinamentos Guias e Orixás e, no que tange aos cristãos, as lições morais de Jesus, para a prática do bem.
"O médium é um companheiro. É um trabalhador. É um amigo. E é sobretudo nosso irmão, com dificuldades e problemas análogos àqueles que assediam a mente de qualquer espírito encarnado".
"Mediunidade não é pretexto para situar-se a criatura no fenômeno exterior ou no êxtase inútil, à maneira da criança atordoada no deslumbramento da festa vulgar. É , acima de tudo, caminho de árduo trabalho em que a pessoa, chamado a servi-la, precisa consagrar o melhor das próprias forças para colaborar no desenvolvimento do bem". ( Ensinamentos do Espírito Emmanuel, no livro "Mediunidade e Sintonia", pelo médium Chico Xavier).

O Médium e os tipos de mediunidade
O princípio dos fenômenos psíquicos repousa sobre a propriedade do fluido perispiritual que constituiu o agente sobre as manifestações da vida espiritual durante a vida e depois da morte

Introdução 1 – O Espiritismo tem por princípio as relações do mundo material com os Espíritos ou seres do mundo invisível.

Questão 159 – Médium
 toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade
 finalidade inerente ao Homem
 não constitui privilégio e são raras as pessoas que não a possuem pelo menos em estado rudimentar
 todos são mais ou menos médiuns
 aplica-se somente aos que possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada, que se traduz por efeitos patentes de certa intensidade, o que depende de uma organização mais ou menos sensitiva
 não se revela em todos da mesma maneira
 aptidão para esta ou aquela ordem de fenômenos, o que os divide em tantas variedades quantas são as espécies de manifestações.

Tipo mais usual de mediunidade

Incorporação
O médium empresta seu corpo para que os Guias se manifestem, assumindo a forma que tinham quando de sua passagem pela vida material.

Inspiração
Influência dos Espíritos em nossos pensamentos Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.

Distinção entre pensamentos nossos e dos outros
Os pensamentos próprios são os que acodem em primeiro lugar. Não é de grande interesse estabelecer essa distinção. Muitas vezes, é útil que não saber, pois agimos com mais liberdade. Se se decide pelo bem, é voluntariamente que o pratica; se toma o mau caminho, maior será a sua responsabilidade.

Médiuns sensitivos – pessoas susceptíveis de sentir a presença dos Espíritos por uma sensação geral ou local

Manifestação dos Espíritos – item 6 – Dos médiuns

A faculdade depende da organização do indivíduo, pode ser desenvolvida quando existe o princípio, mas não pode ser adquirida quando o princípio não existe. A predisposição mediúnica não depende de sexos, idades ou temperamentos; encontram-se médiuns em todas as categorias de indivíduos.

Nota de J. Herculano Pires – A mediunidade depende da organização do corpo humano que, por sua vez, depende do perispírito. São as relações do perispírito com o corpo, formando um organismo de dupla natureza, espiritual e material, que condicionam a existência em maior ou menor grau de mediunidade e suas possibilidades de desenvolvimento. Não se pode atribuir a mediunidade ao corpo. Depende essencialmente do perispírito. Sua sede é o perispírito. Da maior ou menor possibilidade de emissão de fluidos e de assimilar os seus fluidos com os dos Espíritos depende a capacidade do médium

Modelo para o Homem

Jesus é para o Homem o tipo da perfeição moral a que pode esperar a humanidade na Terra. Deus nô-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ele ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque ele foi o Ser mais puro que já apareceu na Terra.

Jesus era médium?
Jo 12:49-50 – Pois não falei por mim mesmo, mas o Pai que me enviou me ordenou o que dizer e o que falar. Sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu digo é exatamente o que o Pai me mandou dizer.
Jo 14:24 – Aquele que não me ama não obedece às minhas palavras. Estas palavras que vocês estão ouvindo não são minhas; são do meu Pai que me enviou.

 como Homem – organização dos seres carnais
 como Espírito puro – devia viver na vida espiritual mais que na vida corporal, da qual não tinha as fraquezas.
 superioridade era relativa às qualidades de seu Espírito, não de seu corpo  dominava a matéria de maneira absoluta
 Médium é intermediário, instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados  não tinha necessidade de assistência em vista de seu poder pessoal  Se ele recebesse um influxo estranho, não poderia ser senão de Deus; segundo a definição dada por um Espírito, era o médium de Deus.
Resumo da exposição feita em nosso 15.º Simpósio, cujo tema central foi: Comportamento Moral do Médium.







Espiritualidade e Prosperidade

Talvez você já tenha se perguntado por que muitas pessoas "não espiritualizadas" prosperam e vivem felizes, em abundância e conforto, enquanto que muitas pessoas ditas "espiritualizadas" vivem a trancos e barrancos, senão com falta ao menos não com abundância de recursos materiais. Por que isso acontece? Será que a espiritualidade está fadada a ser sinônimo de penúria e desconforto?
Pessoas não espiritualizadas buscam conforto e prazer e quando as encontram não se sentem culpadas por isso, pelo contrário, para elas essas dádivas não são uma benção do céu mas algo de que elas têm direito legítimo e, até mesmo, que a natureza a sua volta tem obrigação de lhes dar. Dessa forma elas não se sentem, de forma alguma, constrangidas em buscar mais e assim vivem uma vida repleta de conforto, alegrias, abundância e prosperidade.
Já as pessoas espiritualizadas, quando encontram conforto e satisfação as encaram como uma dádiva divina, algo que foi recebido de presente, enviado por Deus, ou pelos deuses, com ou sem mérito, uma benção dos céus. Assim, como receberam de presente, sentem-se constrangidas em pedir ou buscar mais além do que lhes foi dado e dessa forma vivem uma vida de mais-ou-menos. Talvez não cheguem aos píncaros da miséria mas andam sempre pelo limite, tendo apenas o suficiente para viver - ou sobreviver - de forma razoável.
A diferença então parece estar basicamente na postura que se tem com relação as posses materiais. Para os não espiritualizados a posses materiais são simples fato e como tal estão passíveis de serem aumentadas, canalizadas, administradas, gerando assim abundância e prosperidade duradouras. Para o espiritualizado elas representam uma benção divina e como tal dependem de autorização superior para serem administradas, ficando seu possuir, virtualmente, de mãos amarradas quanto ao trato das coisas materiais.

O camelo na agulha e o rico no céu

Mateus cap. 19 versículos 16-24 narra a estória de um jovem, possuidor de grande fortuna, que pergunta a Jesus o que lhe falta para entrar no reino de Deus. Depois de verificar que ele tem seguido os mandamentos (não roubaras, não matarás, etc.), ou seja, tem sido um bom cidadão e um bom religioso, diz-lhe só faltar uma coisa, livrar-se de tudo o que tem para juntar-se a ele, Jesus. Neste momento o tal jovem retira-se triste pois não queria abandonar sua riqueza. E Jesus finaliza com o clássico: "é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus."
Cabe lembrar que camelo aqui não se trata de animal, obviamente, mas de uma corda, muito grossa, usada antigamente para amarrar navios ao ancoradouro.
Esta passagem deve ter sido uma das prediletas da igreja instituída durante a Idade Média. A primeira vista ela parece deixar claro que para ser um bom cristão (espiritualizado) é preciso ser pobre, estando o rico, possuidor de fortunas e bens materiais, fadado a permanecer excluído do céu. No entanto, a Idade Média passou e com ela seus dogmas e paradigmas.
Atualmente, com a mente mais esclarecida e equilibrada, é possível ter-se uma outra visão dessa passagem, a visão do Desapego. Por essa ótica o ponto crucial não é possuir ou não muitos bens materiais mas sim estar ou não dependente deles, preso a eles, viciado neles. Posses materiais podem gerar vício tal como cigarro, álcool, comida ou qualquer outro produto químico.
Abundância de recursos materiais costuma andar de mãos dadas com status social e por isso é atualmente considerada como essencial. Mas nem sempre foi assim e não precisa ser assim sempre. Uma amostra drástica dessa dependência de bens materiais é o número de suicídios registrados em 1969, logo após a quebra da bolsa de valores de Nova York que ficou conhecida como a terça-feira negra. Na ocasião milionários nascidos em berço de ouro ficaram pobres da noite para o dia de forma imprevista e inesperada.
Espírito e matéria: Equilíbrio

Dizia o mestre galileu que nem só de pão vive o homem. No entanto, também nem só de espírito vive o homem. Nós não somos apenas espírito nem somente matéria mas uma junção dos dois. Assim precisamos alimentar nosso corpo físico tanto quanto precisamos nutrir nossa alma. Qualquer desequilíbrio, seja num lado ou no outro, é causador de problemas.

Atualmente a própria medicina ocidental tem reconhecido a necessidade de se manter uma mente tranqüila e harmoniosa a fim de propiciar um organismo saudável. A relação entre câncer e atitudes e pensamentos inadequados já não é mais novidade. Também já está comprovado como um estado mental positivo, com bom ânimo e alegria, pode, senão curar ao menos facilitar a cura de muitas doenças, inclusive câncer e outras doenças degenerativas.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a definição de saúde é: "um estado de completo bem-estar físico, mental e social...". A inter-relação entre físico e mental é inquestionável, já é fato comprovado. O fator social acaba sendo conseqüência do fator mental mas não só dele. Vivemos em uma sociedade capitalista onde é preciso comprar aquilo de que necessitamos para viver: comida, roupas, casa, eletricidade, transporte. Isso é fato.

Com uma alimentação deficiente é impossível manter-se um organismo saudável. Com um corpo fraco e deteriorado, talvez abatido por alguma disfunção orgânica, não se pode manter um estado de espírito positivo. E sem bem-estar físico e mental não há perfeita convivência social. Para todos eles é necessária a aquisição de determinados elementos: alimentos e roupas para o corpo; livros, revistas, músicas para o espírito; encontros, passeios, participação em eventos para o social. Para adquirir esses elementos, em uma sociedade capitalista, é preciso ter dinheiro. Então para se ter uma perfeita saúde torna-se fundamental a posse de recursos financeiros mínimos para manter esses três fatores em equilíbrio.
DIREITOS AUTORAIS: Este texto pode ser copiado, por quaisquer meios e para qualquer fim, desde que citada a autoria.

INFORMAÇÃO é mais do que um DIREITO, é um DEVER.
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Ninguém é melhor do que ninguém,
ninguém é pior do que ninguém,
somos todos iguais aqui.
Estamos todos aprendendo,
por ação ou por omissão,
querendo ou não.
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Pai Eterno, em tuas mãos entrego meu Espírito;
Faze de mim instrumento da tua Obra; E que a minha
vontade seja, Hoje e Sempre, a tua Vontade.









O Mal das fofocas e intrigas dentro de um terreiro de Umbanda.

A Umbanda é uma religião livre e aberta a todos, ou seja: livre, pois não se prende a uma doutrina exclusiva e restritiva, permitindo a cada ramificação e a cada terreiro, exercerem a sua própria doutrina e seus próprios fundamentos de acordo com seus guias espirituais; aberta, pois recebe a todos sem preconceito de crença, cor, status social ou econômico, ou preferências sexuais.
As casas de Umbanda estão sempre com suas portas abertas a todos, se motivando pela caridade no ajudar ao próximo, e na educação moral e espiritual do ser humano.
O "código moral umbandista" se baseia no respeito as diferenças, no respeito a todas as crenças, e a todas as formas de praticar a religião de Umbanda que existem no mundo. É, no mundo, pois a Umbanda se tornou uma religião não só brasileira, mas que se encontra em vários países, como: EUA, Argentina, Uruguai, França, Suíça, Portugal etc.
Sem preconceito, a Umbanda acolhe a todos e a todos tem uma palavra de força, de fé de conforto. Porém, os terreiros não são perfeitos, pois o material de trabalho dos Guias e Orixás somos nós, seres humanos que têm defeitos, manias, maus hábitos, defeitos morais e espirituais que os Guias têm de conviver, e, aos poucos, quando a matéria permite modificações, eles as fazem de bom grado, mas sabendo que nem tudo é passível de mudança. Só tempo é com muita paciência e boa vontade (com uma dose de determinação e aceitação do médium) é que as mudanças podem ocorrer (Umbanda não faz milagres, muito menos, os Guias e Orixás).
Um dos piores defeitos morais coletivos que pode existir dentro de um terreiro é a "fofoca", e, com ela, as intrigas. Se existem fofocas isso demonstra que também existem inveja, ciúmes, vaidades, soberba ... Ou seja, uma série de maus modos que têm como termômetro a fofoca.
Normalmente o "médium fofoqueiro" não faz essa prática por mal. Ele a faz por um vício que traz de casa, do convívio familiar e que não foi corrigido em tenra idade, e que acaba se tornando um vício que persegue a pessoa dentro da própria família, em suas relações pessoais, no trabalho e, infelizmente, dentro de uma casa espiritual (não só nos
terreiros de Umbanda, mas nas casas espirituais em geral: Igrejas, Centros Kardecistas, Terreiros de Candomblé etc).
O "médium fofoqueiro", muitas vezes, não tem idéia do mal que acaba fazendo, pois se torna compulsivo e involuntário nas palavras (a língua acaba sendo mais rápida do que o pensamento racional e moral). Com isso acaba gerando desconforto dentro do ambiente do terreiro, pois finda no jogo cruel e imoral do "jogar uma pessoa" contra as outra, ou outras;
amigos contra amigos, irmãos contra irmãos; Pai/Mãe de Santo contra o ou os filhos; os filhos contra o Pai/Mãe de Santo. Ou seja, gera um caos, onde o "médium fofoqueiro" fica olhando e se divertindo com tudo aquilo, sem dar conta do estrago que está fazendo.
As situações podem chegar a um ponto tal que as próprias "entidades" do "médium fofoqueiro" passam a absorver esse mal, ou o médium passa a ser anímico a tal ponto que suas "entidades" passam a também fazer fofocas, tais como: "tem uma pessoa aqui no terreiro que diz ser sua amiga, mas que vai te passar a perna"; "você deveria tomar cuidado, pois tem gente aqui dentro de olho no(a) seu(ua) homem/mulher"; "o cavalo de fulano fez aquelas obrigações, mas o seu não faz ...".
Essas situações são terríveis e acabam marcando o próprio médium, e, sem dizer, as suas "entidades", pois acabam, ele/ela e as entidades, perdendo a credibilidade, a confiança. Nesse ponto, onde antes havia "o veneno pernicioso da fofoca" gerado pelo médium, ele acaba colhendo o próprio fel que plantou. Caindo em desgraça diante dos irmãos e da
própria assistência, fazendo com que o Guia chefe da casa ou o próprio sacerdote chefe, acabe tendo que tomar medidas drásticas, como: a suspensão, a bronca pública ou mesmo a expulsão do médium do terreiro.
Porém, como lidar para que as coisas não cheguem a um ponto extremo de ter que expulsar um "médium fofoqueiro" de um Terreiro?
Inicialmente as queixas devem ser levadas ao Guia chefe da casa e/ou ao Sacerdote de comando do Terreiro, para que ele possa avaliar essas queixas. Caso as mesmas sejam pertinentes, o "médium fofoqueiro" deve ser chamado, tendo em vista que a pessoa não faz essa prática por ser ruim, mas porque tem problemas diversos (baixa estima; ciúmes
inexplicáveis; é muito possessiva e não aceita dividir ou ter perdas; problemas de relacionamento em casa: marido, pais ou filhos; é uma pessoa, muitas vezes, amarga com a vida e com as pessoas em volta dela, frustrada nos relacionamentos pessoais, nos relacionamentos familiares, no trabalho ou com sua própria aparência etc). Assim deve-se tem muito tato para conversar com o médium para que ele não se sinta perseguido ou
constrangido (Normalmente o "médium fofoqueiro" e uma pessoa que se sente perseguida diante de qualquer problema, principalmente dentro daqueles que ela tenha provocado - isso é uma forma de auto-proteção ou fuga do problema. Também se sente constrangido por qualquer motivo e diz, gagueijantemente, que não foi ele/ela colocando a culpa em outrem
ou em ciúmes e invejas; chora copiosamente ou, em casos de fuga, se deixa receber um kiumba que diz que "vai levar, foi trabalho mandado ou algo do gênero", fazendo muito estardalhaço e sendo agressivo). No todo a conversa deve ser franca é concentrada no problema colocado e se a pessoa tem idéia do que fez, buscando-se sempre os motivos (coerentes ou não).
O "médium fofoqueiro" deve entender que aquele tipo de prática não pode existir dentro do terreiro, ficando claro que punições são cabíveis a esse tipo de prática, podendo chegar à expulsão. Caso as coisas tenham ido para o lado dos Guias do "médium fofoqueiro", os mesmos devem ser convocados e chamados a atenção, pois não estão cuidando do "cavalo"
devidamente, e, acima de tudo, estão permitindo o animismo e a falsa espiritualidade residirem no médium.
O sacerdote também deve buscar saber o estado espiritual e mental do médium para que ele possa ser tratado e/ou cuidado (se for espiritual no espiritual, o Guia chefe da casa deve ser consultado para ver o que pode ser feito em termos de descarregos, banhos, oferendas e/ou obrigações; se for no material/mental, deve-se indicar um Guia da casa para
acompanhar o médium, e, dependendo da gravidade do problema, um psicólogo, terapeuta ou mesmo um psiquiatra, deve ser recomendado).
O "médium fofoqueiro" deve ser sempre monitorado até que os problemas sejam sanados, e o bem estar volte à comunidade como um todo.
O trabalho espiritual é constante e não adianta acreditar que as coisas irão se resolver sozinhas ou pelo Astral Superior. Esse é um pensamento muito comodista, pois as coisas dos homens, em geral, são resolvidas pelos próprios homens ou com apoio e intervenção da espiritualidade através dos Guias. Se as coisas são deixadas de lado por medos vários,
elas tendem a crescer a um ponto do insuportável, onde acabamos tomando medidas ou posicionamentos extremos, onde poderíamos ter uma ação mais preventiva ou pró-ativa para evitar ou sanar os problemas.
Autor: Etiene Sales – GhostMaster –
Sacerdote Umbandistas e pesquisador na área de Ciência das Religiões.

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